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Se você nos acompanha a algum tempo, sabe que uma das razões fundamentais porque este ministério existe é que os cristãos geralmente conhecem muito sobre Deus e a Bíblia, mas, com frequência, esse conhecimento não se reflete em mudança. Nossa paixão é ajudar as pessoas a tornarem sua fé prática, serem praticantes da Palavra e não somente ouvintes. Por isso pode parecer estranho para nós escrever uma série sobre teologia.
Você pode até ser tentado a pensar que teologia é informação inútil. Um de meus teólogos modernos favoritos, James Dolezal, de fato concorda que o estudo de Deus é uma atividade inútil! O que ele quer dizer com isso é que conhecer, amar e adorar a Deus são o summum bonum – a melhor coisa em si mesma – e não um meio que usamos para chegar a um fim maior e mais útil.
Você existe para Deus. Ele é excelente e digno de louvor, mesmo à parte de qualquer benefício que possa receber dele, e prestar adoração e atenção a ele é a melhor coisa que poderia fazer. É para isso que você foi criado. A resposta para a primeira pergunta do Breve Catecismo de Westminster diz que o fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
Quando dizemos que existimos para glorificar a Deus, o que não estamos dizendo é que nosso louvor concede a Deus glória que ele anteriormente não possuía. Ele é perfeito em glória – sua glória não pode ser aumentada nem diminuída porque ela é idêntica a sua natureza. O que queremos dizer quando falamos sobre glorificar a Deus é que existimos primordialmente para espalhar sua fama entre as criaturas, tanto por meio de nosso testemunho verbal como por meio de sua imagem em nós, ou seja nos parecendo com ele perante um mundo que nos observa.
Muito do que se ensina hoje em nome da teologia na verdade traz Deus para o nosso nível. Geralmente, os teólogos modernos afirmam alegremente que Deus é maior do que nós, mas medem a grandeza dele em níveis, dando a entender que ele é muito parecido conosco, apenas muito melhor. Mas este método desconsidera que Deus é completamente diferente de nós: ele não é uma criatura; ele é completamente diverso.
Na verdade, ele é a explicação suficiente para si mesmo e para tudo que não é ele. Algo que vamos falar muitas vezes nesta série é a distinção criador/criatura. Os melhores teólogos reconhecem que, embora em certo sentido sejamos como Deus, nunca é apropriado dizer que ele é como nós. Nós de fato refletimos a natureza e os atributos de Deus de formas relevantes, mas não somos nenhuma destas coisas da forma como que Deus é.
É desastroso quando tentamos determinar como Deus é com base em nós mesmos. Por exemplo, bondade é idêntica à essência de Deus, mas não é intrínseca à natureza humana. Podemos participar da bondade como portadores da imagem de Deus, mas se você ou eu morrermos, a bondade em si continuará existindo porque sua existência não depende de nós de forma alguma.
Por outro lado, bondade não é algo externo a Deus em que ele participa; é o que ele é. Tudo que é criado que pode ser declarado bom, em última instância recebe sua bondade do próprio Deus. Um erro que professores cristãos com frequência cometem é dizer às pessoas que uma vez que elas desfrutam de bondade no mundo – sorvete, cachorrinhos, pessoas legais e bons livros, por exemplo, elas conhecem algo de Deus. Esta perspectiva está errada porque Deus não é bom da mesma forma que as criaturas são. Mais uma vez, vamos falar mais profundamente sobre essa diferença mais tarde, mas queria que você tivesse um lugar reservado em sua mente para essa ideia.
Definimos que Deus é o motivo principal para estudarmos teologia, mas isso não significa que estudar nosso grandioso Deus não irá afetá-lo. É claro que irá. Os benefícios que receberá são apenas os motivos secundários para aprender sobre Deus, mas certamente você será beneficiado. Como isso acontece?
G. K. Beale disse que nos tornamos aquilo que contemplamos – quer para ruína, quer para restauração. O que ele quer dizer é que a adoração de qualquer tipo de ídolo sempre tem consequências destruidoras para a alma. Sempre que você encontrar linguagem sensorial problemática na Bíblia, entenda que está falando sobre idolatria e seus efeitos na alma humana.
Os ídolos das nações são prata e ouro, obra de mãos humanas. Têm boca e não falam; têm olhos e não veem; têm ouvidos e não ouvem; pois não há alento de vida em sua boca. Tornam-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam. (Salmos 135:15-18, NAA)
Adorar falsos deuses o torna cego e surdo espiritualmente e endurece o seu coração. Por outro lado, quando você adora o Deus que é, em espírito e em verdade, você é transformado na imagem dele. Você se torna aquilo que contempla. Você se parece com o que reverencia.
No Antigo Testamento, as pessoas que adoravam ídolos os adoravam não porque amavam os ídolos, mas porque desejavam algo deles. Quando os filhos de Israel acharam que tinham mais chance de conseguir o que queriam dos deuses de seus vizinhos do que de Yahweh, eles deixaram de servir ao seu Deus para servirem outros deuses. Os ídolos não eram o objetivo final de sua adoração; eram apenas meios para um fim.
Yahweh não podia ser manipulado, então eles o trocaram por um deus que podia. Mas os cristãos não fazem isso, fazem? Ser um cristão é o oposto de ser um idólatra, certo? João Calvino disse que o coração humano é uma fábrica de ídolos. Martinho Lutero disse que a natureza dessa idolatria é ser incurvatus in se, ou ser voltado para si mesmo, viver para os próprios interesses acima de tudo, assim como os israelitas. Isso alguma vez se aplicou a você? O primeiro e maior mandamento, de acordo com Jesus, é amar o Senhor seu Deus de todo seu coração, alma, mente e força.
Vou presumir que você ainda pode crescer um pouco nessa área. Eu também posso. Por favor, não fique tentado a pensar que só porque nunca amará a Deus com tudo o que é deste lado da eternidade não deve estar crescendo nesta direção agora.
Voltando a questão de porque estudar teologia, você não pode amar aquilo que não conhece. Se aprender sobre Deus e crescer em amor por ele não for o alvo de sua vida, você vai achar o céu um lugar desinteressante. O céu é o céu porque Deus está lá. Você será uma criatura muito diferente e muito melhor no céu, mas ainda será uma criatura e Deus ainda será uma fonte de conhecimento e deleite para você por toda a eternidade.
Ele é inesgotável porque é infinito. Lá, você será como ele porque o verá como ele é. Você o contemplará desimpedidamente e então você será transformado! Por que alguém não iria querer iniciar o processo agora? Já de início, vou lhe prevenir que esta série exigirá bastante de você intelectualmente. Parte do motivo é que nosso Deus é incompreensível, um atributo que vamos discutir mais profundamente no próximo artigo.
Pensamos em categorias de criaturas e, como dissemos antes, Deus não é uma criatura. Simplesmente não conseguimos conhecê-lo como ele é. Entretanto, aquilo que ele revelou a nós por meio de sua Palavra e sua criação, podemos conhecer verdadeiramente, embora não plenamente. Vamos trabalhar duro para pelo menos começar a conhecer o que podemos conhecer sobre Deus, entendendo que não devemos buscar eliminar o mistério ao refletirmos sobre quem Deus é.
Muita heresia tem surgido por as pessoas buscarem fazer com que o Deus insondável caiba no entendimento humano. Ao tentar fazê-lo compreensível, as pessoas reduzem Deus a categorias humanas transformando-o em um ídolo. Na maioria das vezes, tenho certeza de que elas não tinham a intenção de fazer isso. O resultado é que Deus é reduzido a uma criatura maior e melhor sem quase nenhum mistério em sua natureza, inspirando pouco ou nenhum assombro em suas criaturas.
Remover o mistério em Deus destrói o assombro que alimenta a verdadeira adoração. Pense nos anjos ao redor do trono clamando dia e noite, “Santo, santo, santo é o Senhor que era, que é e que há de vir!” Eles o veem, por isso seu assombro e, consequentemente, sua adoração nunca cessam. Meu desejo é ajudá-lo a recuperar ou crescer em sua adoração a Deus. Juntos vamos fazer orações de adoração que são diferentes das orações de ações de graças que focam nos benefícios que recebemos de Deus.
Orações de adoração focam em quem Deus é em si mesmo, não em seus dons. É sempre bom agradecer a Deus pelo que ele fez por nós, e espero que você não pare de fazer isso! Mas quero ajudá-lo a gastar tempo contemplando seu Deus e falando sobre suas perfeições. Reflita sobre essa oração de Agostinho. Eu o convido a fazer essa oração a Deus agora mesmo:
Altíssimo, completamente bom, poderoso, onipotente, extremamente misericordioso e justo, profundamente oculto e ao mesmo tempo intimamente presente, perfeito em beleza e força, estável e incompreensível, imutável, mas mudando todas as coisas, nunca novo, nunca velho, fazendo novas todas as coisas e tornando velhos os orgulhosos sem seu conhecimento; sempre ativo, sempre em repouso, reunindo a si, mas nunca em necessidade, apoiando, enchendo e protegendo, criando e nutrindo e conduzindo à maturidade, buscando embora nada te esteja faltando; amas sem arder, sentes ciúmes de uma forma que é livre de ansiedade, te “arrependes” sem a dor do pesar, ficas irado, mas permaneces tranquilo.
Causas mudança sem mudar nada em teu desígnio. Recuperas o que encontras sem ter nunca perdido. Nunca em necessidade te regozijas nos ganhos; nunca és ganancioso, mas exiges lucro. Pagamos mais do que requeres de modo a fazer de ti nosso devedor, entretanto quem possui algo que não pertença a ti? Pagas tuas dívidas, embora não devas nada a ninguém, cancelas dívidas e não perdes nada. Mas nestas palavras, o que eu disse, meu Deus, minha vida, minha santa doçura? O que alguém alcançou em palavras ao falar sobre ti? Entretanto, miserável é o que se cala sobre ti, embora loquaz em verbosidade, não tem nada a dizer.
Rick launched the Life Over Coffee global training network in 2008 to bring hope and help for you and others by creating resources that spark conversations for transformation. His primary responsibilities are resource creation and leadership development, which he does through speaking, writing, podcasting, and educating.
In 1990 he earned a BA in Theology and, in 1991, a BS in Education. In 1993, he received his ordination into Christian ministry, and in 2000 he graduated with an MA in Counseling from The Master’s University. In 2006 he was recognized as a Fellow of the Association of Certified Biblical Counselors (ACBC).