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O poder da esposa

The Power of the Critical Wife

Photo: ©JHRS from Getty Images Pro via Canva.com

Deus olhou para Adão e disse que não era bom que ele estivesse só.

O Pai não explica por que não era bom para o homem ficar sozinho, mas apenas que não era bom. Através dos séculos, os teólogos têm pensado e escrito muito sobre o porquê não foi bom para o homem ficar sozinho.

Muitas de suas reflexões têm sido úteis.


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Eu não tenho plena certeza de todas as implicações a respeito do porque Deus chegou a essa conclusão. No entanto, a solução do Pai para a solidão de Adão foi fazer uma mulher que o completasse (Gênesis 2.18-25).

Apresentando: Eva

Deus o colocou para dormir e começou a trabalhar.

Quando Adão acordou de seu sono profundo, ele viu a mais bela e especial criação que Deus tinha feito. Adão foi conquistado, e com razão.

Todo homem que tenha se apaixonado compreende em algum grau o que Adão sentiu naquele dia.

Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor (Provérbios 18.22). Adão estava apaixonado.

Quando um homem ama uma mulher …

O amor de Adão por sua esposa também foi acompanhado de fé e esperança: fé que o relacionamento duraria e esperança de que o relacionamento seria um relacionamento amoroso de proveito mútuo. Este é o caminho do amor.

Quando eu conheci minha esposa, eu decidi que eu queria “me apaixonar” por ela. Eu, como Adão, fui conquistado. Parte da razão pela qual eu a amava era por causa da minha fé crescente de que Deus tinha nos juntado. Eu cria que Deus não queria que eu fosse só para o resto da minha vida e que estava me levando a alguém que ele tinha escolhido para mim. Quanto mais eu namorava Lucy, mais a minha fé no que Deus estava fazendo crescia.

A fé na orientação de Deus e o amor pela outra pessoa devem crescer proporcionalmente. Quanto mais eu acreditava na orientação providencial de Deus na minha vida, mais disposto eu me tornava a assumir o “risco do amor”. Conforme o tempo passou, comecei a experimentar a esperança encontrada em uma relação mutuamente proveitosa.

Éramos duas pessoas que desejavam glorificar a Deus com nossas vidas. Começamos a pensar que talvez Deus quisesse que fizéssemos isso juntos. No entanto, para abraçar uma união-pactual-para-sempre-de-uma-carne, eu sabia que teria de abrir mão de minha independência. Eu precisava tornar-me vulnerável aos altos e baixos do nosso futuro relacionamento conjugal.

Amar é ser vulnerável

Amar é tornar-se vulnerável à outra pessoa no relacionamento. A razão para isso é que você não é mais uma pessoa independente e sem responder a ninguém.

Ser solteiro e independente não requer este tipo de vulnerabilidade dependente de outro ser humano. Mas para um homem e uma mulher se casarem, tanto o homem quanto a mulher devem abandonar todos os seus desejos pelos benefícios da vida de solteiro e independente, procurando servir um ao outro para a glória de Deus.

A vulnerabilidade não é incomum nas parcerias. Todas as parcerias exigem certa quantidade de vulnerabilidade entre os parceiros para que eles avancem para aquilo que foram chamados a tornar-se.

No que se refere a um marido, ele deve caminhar pela fé e colocar seu coração nas mãos da mulher para quem ele vai entregar sua vida. Embora seja o líder, ele se submete humildemente a Deus, tornando-se vulnerável à sua futura esposa.

Seu marido tem plena confiança nela (Provérbios 31.11, NVI).

Mesmo que eu seja o líder do meu casamento e família, eu não posso ser o que Deus quer que eu seja sem a minha esposa. Sim, eu sou a cabeça, mas eu também sou vulnerável a ela.

A verdade é que minha mulher exerce certa porção de poder ordenado por Deus sobre mim. Isto não tem que ser uma coisa ruim. Infelizmente, no casamento de Adão, vimos o pior cenário ocorrendo no jardim do Éden, no que se refere ao poder de sua esposa usado pecaminosamente.

Eva, como Adão, era uma criatura independente que teve de escolher por si mesma se iria seguir o plano de Deus ou exercer sua vontade autônoma livre, fazendo o que queria fazer. Sabemos o resto da história.

Pergunto-me, por vezes, se as mulheres sabem o tipo de poder que têm sobre seus maridos. Eu também me pergunto se elas sabem como aproveitar o seu poder para o proveito mútuo no casamento e com a finalidade de engrandecer o nome de Deus através de seu casamento.

Como você usa o seu poder sobre seu marido?

  1. Você sabe que tipo de poder que você tem sobre o seu marido?
  2. Você o respeita, mantendo o seu poder em submissão bíblica?
  3. Você honra a Deus, mantendo seu espírito de independência em sujeição para o bem maior do casamento?
  4. Autocontrole é ter poder sobre o seu poder. Pergunte ao seu marido se você está indo bem nesta área de autocontrole.
  5. Pergunte ao seu marido se ele tem visto você usando seu poder para complementar o seu casamento.

Uma esposa exemplar; feliz quem a encontrar! É muito mais valiosa que os rubis. Seu marido tem plena confiança nela e nunca lhe falta coisa alguma. Ela só lhe faz o bem, e nunca o mal, todos os dias da sua vida. Fala com sabedoria e ensina com amor (Provérbios 31.10-12,26, NVI).

Eu já disse muitas vezes, embora sem nenhuma originalidade, que uma mulher pode ser a melhor coisa que já aconteceu a um homem, ou ela pode ser a pior coisa que poderia acontecer a ele. Ela pode contribuir para a sua força e fazê-lo melhor do que ele jamais poderia ser, ou ela pode enfraquecê-lo gradualmente até que ele seja uma sombra do que costumava ser.

Os homens mais completos que você vai encontrar são aqueles que são verdadeiramente uma só carne em todas as formas imagináveis em seu casamento. Não é o currículo de um homem que faz dele grande ou completo. Seu trabalho, casa ou carro também não preencherão os requisitos. Um homem com uma mulher humilde e amorosa, que sabe usar sua força para ajudá-lo a se tornar um homem de Deus – este é um homem rico.

Cara esposa, a Bíblia está cheia de referências que falam sobre seu poder. Você é uma mulher incrível, que pode ser usada poderosamente por Deus. É um bocado como o Evangelho. Embora muitos vejam o Evangelho como fraco e tolo, Deus o chama “sabedoria e poder de Deus” (1 Coríntios 1.18-25). Você está numa posição semelhante.

Nossa cultura menospreza a mulher cristã, como se ela fosse inútil e fraca. Não é esse o testemunho da Escritura. Não é o testemunho de dezenas de homens que aconselhei ao longo dos anos, cujas mulheres tinham acabado de deixá-los. Esposas têm poder! Eu listei alguns versículos que falam sobre o poder da mulher, particularmente na forma como ela usa sua língua.

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O poder de morte da língua (Provérbios 18.21)

  • A esposa briguenta é como o gotejar constante num dia chuvoso (Provérbios 27.15);
  • Melhor é viver num canto sob o telhado do que repartir a casa com uma mulher briguenta (Provérbios 21.9);
  • Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura (Provérbios 12.18);
  • Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum! (Tiago 1.26).

O poder de vida da língua (Provérbios 18.21)

  • O falar amável é árvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito (Provérbios 15.4);
  • A palavra proferida no tempo certo é como frutas de ouro incrustadas numa escultura de prata (Provérbios 25.11);
  • As palavras agradáveis são como um favo de mel, são doces para a alma e trazem cura para os ossos (Provérbios 16.24);
  • Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem (Efésios 4.29).

Há advertência e encorajamento para todos nós nestes versos. Mas estou abordando particularmente as esposas neste artigo. Elas têm poder e são chamadas a usar esse poder redentivamente. Abaixo há um estudo de caso de uma senhora que usou seu poder para ajudar a destruir seu casamento.

Estudo de Caso: A lança que você afia pode atingir seu coração

Shari é uma senhora amarga e insegura. Sua vida passou de um relacionamento quebrado a outro. Há cinco anos ela conheceu Kennon e eles tiveram um relacionamento de namoro torto. Eram impuros em seu relacionamento, mas racionalizaram o que faziam apressando o casamento.

Embora seus amigos tivessem reservas sobre se casarem, ninguém os aconselhou porque o casal mantinha distância de relações de ajuda e cuidado. O casamento estava condenado desde o início.

O criticismo e insegurança de Shari alimentaram os próprios desejos de Kennon por respeito e afirmação. Depois de quatro anos de casamento, Kennon começou um flerte com uma mulher no trabalho. Dentro de seis meses, Kennon estava envolvido até o pescoço em adultério.

Os pecados de Kennon são numerosos e ele é totalmente responsável pela forma como decidiu pecar contra Deus e sua esposa. A boa notícia é que por meio de aconselhamento, ele confessou seus numerosos pecados e se arrependeu. Atualmente, ele está buscando ir além do arrependimento, abordando questões de seu pecado, mesmo aqueles que antecederam a sua relação com Shari, bem como os numerosos pecados que cometeu em seu casamento.

Sua humildade e arrependimento têm sido inspiradores para outros.

Shari, por outro lado, não se arrependeu. Ela é irascível, acusativa, e divisiva. A raiva que ela tem de Kennon e as feridas que ele lhe causou a impedem de enxergar como ela tem sido cúmplice em seu pecado. A lança que foi afiada por anos agora apunhala seu próprio coração. Esta lança foi sua língua perversa.

Shari tem uma língua resmungona, crítica e condenatória. Seu próprio desejo por aprovação e aceitação sufoca a vida de seus relacionamentos. Ninguém, nem mesmo Kennon, poderia suportar um relacionamento com ela. (Esta declaração não está colocando o pecado de adultério Kennon sobre Shari. Kennon é culpado da acusação. Ele errou e responde sozinho pelos pecados que escolheu cometer. No entanto, Shari colocou pedra de tropeço após pedra tropeço na frente do Kennon. Ela desempenhou seu papel.)

Ela não pode ver como sua atitude ajudou a empurrar o marido porta afora e para os braços de outra mulher. Eventualmente, ela empurra a todos para longe dela. Ninguém que esteja familiarizado com esta história tolera o que Kennon fez, mas é bastante óbvio para todos que precisou de duas pessoas para destruir seu casamento.

Infelizmente, a dor que Shari sente agora foi em parte autoafligida. É ainda mais triste que ela não consiga enxergar seu pecado. Se ela conseguisse, estaria bem no caminho de restaurar a sua alma diante de Deus. Ela poderia até mesmo ser capaz de restaurar seu casamento. Eu tenho que pensar que, conforme põe sua cabeça no travesseiro todas as noites, ela sente a dor da culpa em sua consciência.

Mesmo nos meus discursos mais justificáveis, o Espírito de Deus fala suavemente à minha consciência para me lembrar de que eu não sou completamente limpo. É nesse momento de ouvir a “doce voz” que eu tenho de decidir se eu vou continuar a ferver de raiva ou vou me humilhar diante de Deus.

Há um elemento de teimosia em mim quando eu insisto na minha inocência enquanto pronuncio com clareza o pecado do outro. Shari não pode estar tão iludida a respeito. Infelizmente, a dor que ela sente a cega ao seu próprio papel na destruição do seu casamento.

Ela exerceu uma grande quantidade de poder em seu casamento, mas nunca procurou usá-lo redentivamente. Talvez esta seja um chamado a acordar para algumas mulheres cristãs. Se assim for, peço-lhes que atendam ao chamado, pondo de lado suas feridas pessoais – como o Salvador o fez – e começar a usar o poder que Deus lhe deu para a sua glória e para o seu casamento.

Perguntas de aplicação

  1. Você está mais propensa a criticar o seu marido ou a encorajá-lo?
  2. Você é mais pronta a condenar o seu marido ou a perdoá-lo?
  3. Você trata seu marido da forma como Deus trata você?
  4. Peça a seus filhos (ou amigos) uma avaliação honesta de como você trata seu marido. O que eles dizem?
  5. Você é confiável para ter o coração do seu marido em suas mãos? Por que ou por que não?
  6. Você regularmente confessa seu pecado a seu marido e busca seu perdão?
  7. Como sua caminhada com Deus impactou positivamente a vida de seu marido? Peça a ele para responder a esta pergunta.
  8. Como ele genericamente caracterizaria você: reclamante/resmungona ou incentivadora/motivadora?
  9. Você se vê como uma pecadora maior do que o seu marido? (Mateus 7.3-5, 1 Timóteo 1.15)
  10. Escreva uma oração de agradecimento sobre o seu marido, listando as cinco principais razões pelas quais você louva a Deus por causa dele. Que tal mostrar a ele ainda hoje?

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