Brett pula da cama às 7h todos os dias.
Primeiro item da agenda: verificar as estatísticas de seu blog. Antigamente, a primeira coisa que fazia toda manhã era orar.
Deus foi reposicionado para o para 2º lugar. Às vezes, ele deixa de lado completamente seu tempo com Deus.
Cada dia é iniciado com uma possibilidade renovada de as suas estatísticas do blog serem melhores do que no dia anterior.
Durante todo o dia ele verifica se a barrinha do gráfico de acessos aumentou. Para Brett, é só um jogo. Isso é o que ele diz a seus amigos. Mas se você pudesse ver dentro de seu coração, você veria algo mais insidioso: Está se tornando um elemento de autoestima para ele.
Como a impactante e extraordinária invenção da máquina de tipos móveis por Gutenberg empalidece, quando comparada com o que as pessoas podem fazer com a Internet. Naqueles dias, o número de pessoas que poderiam produzir material de leitura era minúsculo em comparação com a explosão da blogosfera. Em 0,21 segundos, você pode encontrar mais de 250.000.000 de pedaços de informação sobre qualquer coisa. O coração do velho Johannes explodiria se ele acordasse no nosso século.
Um site funcional e atraente pode ser configurado em 15 minutos. Pense nisso. Em nada menos que 30 minutos você pode criar algo que alcança o mundo todo. Há um eco da onipresença em você, com o mínimo esforço. Fantástico!
Com certeza, ninguém vai ler, mas estará lá. Tudo que você precisa fazer é descobrir como levar as pessoas a seu site. A rede de estradas que trazem acessos até você é chamada de redes sociais.
Este artigo é sobre a razão pela qual queremos tráfego em nosso site, página pessoal, perfil social, etc. Por que você escreve? Por que você posta? Por que você tem um site? Por que você quer acessos? Essas são questões muito importantes para qualquer cristão “on line” responder.
Há pelo menos três razões para um cristão resolver ter um site:
Espero que você concorde comigo que o terceiro não deveria estar na lista porque se você passá-lo por um filtro bíblico, deveria ser encaixado na primeira categoria.
Passatempos centrados em Deus
Assim, quer vocês comam, bebam, postem ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus (1Coríntios 10.31, NVI).
Ok, você me pegou. Eu adicionei a expressão postem ao versículo. Preciso que me perdoe, mas acompanhe meu raciocínio, ou o de Paulo. Ter um hobby é uma coisa boa. Todos nós temos algum.
Apenas precisamos ocasionalmente lembrar que a partir de uma visão de mundo centrada em Cristo, não importa o que fazemos, desde que o façamos para a fama de Cristo. Em nosso pequeno grupo, falamos sobre isso da seguinte forma, usando este cenário:
– Se a sua esposa lhe pede para ir ao supermercado para comprar um litro de leite, qual seria o seu principal objetivo para ir ao supermercado?
A resposta a essa pergunta é “glorificar a Deus”, segundo Paulo – se comer, ou beber, ou comprar leite… Você também pode responder do jeito que o Salvador nos instruiu no relato de Mateus. Resposta diferente para a mesma ideia:
Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas (Mateus 6.33, NVI).
O cristão cheio do Espírito, centrado em Deus, em Cristo, no evangelho e no próximo, vê todas as ocasiões – inclusive a compra do leite – como meios para promover a fama de Cristo.
Quem sabe o que Deus planejou para aquele homem conforme segue o seu caminho ao supermercado. Seja o que for, ele está pronto, com a emoção de um garoto em uma festa de aniversário, antecipando seu grande Deus dando-lhe uma oportunidade de colocar Cristo na vitrine. Os cristãos sempre aproveitam o momento, mesmo os mais banais.
É assim que os cristãos pensam. É assim que vivemos. Isso é o que nos torna diferentes. Nós não somos pessoas centradas em passatempos, que amamos os nossos hobbies e temos muitos deles. Somos centrados em Deus, pessoas que veem os passatempos principalmente como um meio para um bem maior.
Somos estrangeiros neste mundo, utilizando passatempos para promover a Cristo. Isso não é armar ciladas. É ser bíblico. Somos todos agentes secretos, que não devemos ser tão sigilosos sobre o que estamos fazendo. Somos realmente agentes do Evangelho.
Isso reduz as nossas razões para blogar a dois reais bons motivos: 1) Para espalhar a fama de Cristo ao redor do mundo, mesmo sendo um hobby; 2) Para ganhar dinheiro. E pode ser possível, como no meu caso, que ambas as coisas sejam razões para o seu blog.
De bom a mau
Como em todas as coisas, dê 5 minutos a um homem e ele vai encontrar uma maneira de voltá-lo para si mesmo. Apesar de suas intenções originais terem sido boas, ele logo se vê motivado por outras coisas. Apresento-lhes o deus Estatística.
Isso me faz lembrar uma citação que li sobre a morte recente do grande jogador de pôquer, Amarillo Slim. Eu gostei da citação e por toda a semana tenho tentado usá-la em um artigo. Ela se encaixa aqui:
“Como um parasita, Slim sugava a energia das pessoas. Assim como tirar o orgulho ou dinheiro delas era o que lhe dava vida, ele poderia energicamente privar as pessoas da força de vida, bebê-lo através dos pulmões” (Do site Grantland)
O que achou disso como um elogio? Mas não estamos melhores. Aparte da graça de Deus trabalhando ativamente em nossas vidas, nós somos inúteis. É isso que Paulo disse em Romanos 3.12. Quer se trate de pôquer ou blogs, há um potencial em todos nós para uma idolatria parasita – obtendo nossa identidade das estatísticas do blog.
Aqui é onde fica complicado. Estou digitando pausadamente, agora. Eu quero ser claro. Quando o Senhor começou a me instruir na construção do meu ministério, eu quase que imediatamente perdi o foco. Num piscar de olhos, rapidamente tudo se tratava de estatísticas. Eu me tornei um cristão centrado em estatísticas.
Quando eu falei com as pessoas sobre o meu site, todos falaram sobre os números também. Eles ajudavam o novato ensinando maneiras, dicas, truques e técnicas para conseguir elevar os meus números. Eu estava exatamente como Brett. As mídias sociais substituindo minhas devoções.
Então um dia Deus me repreendeu. Ele gentilmente me lembrou de que não se tratava de números. Ele começou a reorientar a minha mente em torno das intenções originais para o site em primeiro lugar – tratava-se de transformação redentora, não uma corrida para o topo da escada.
A maior marqueteiro de todos
O Pai me lembrou de seu Filho, que tinha apenas 12 leitores diários regulares e um deles estava lá apenas para investigar. Judas estava tentando descobrir como capitalizar sobre este novo empreendimento.
Quando foi presenteado com a oportunidade de dominar o mundo, Jesus recusou (Mateus 4.8-9). Quando estava em um momento de captação de recursos em potencial, onde poderia ter arrecadado muito dinheiro, seu interesse estava em uma senhora que só tinha duas moedas na poupança.
O Salvador mandava bem com a elite. Ele circulava entre os gurus políticos. Ele ficava confortável com as pessoas religiosas. Ele tinha o mundo na coleira. O acesso a praticamente qualquer coisa que desejasse poderia tê-lo corrompido a qualquer momento.
Mas seu passo era firme e seu rosto estava fixado em uma única coisa – redenção. Ele não estava atrás de 15 minutos de fama. Ele tinha em mente a eternidade.
Seu plano de trabalho era metódico. Era preciso e calculado. Sabia exatamente o que queria e não tinha que especular com as massas. Era um plano bem pensado que eventualmente virou o mundo de cabeça para baixo. Ele fez mais com 12 seguidores do que um cristão blogueiro de hoje pode fazer com 1000.
Após a suave repreensão do Pai, eu comecei a me importar menos com os números, enquanto me preocupava mais com a transformação de vidas. Antes, eu não podia enxergar o que era para enxergar, porque os números estavam na frente.
Muito do meu tempo era para a elevação de números ao invés de para edificação vidas. Minha mente se tornou menos fértil sobre redenção e mais ativa em relação às mídias sociais. Tratava-se de “quem é mais popular e como fazer o que ele está fazendo”, ao invés das estatísticas de transformação objetivas e mensuráveis.
Sinais de vício em estatísticas de Internet
Você pode estar viciado, se você seguir mais de 250 pessoas no Twitter. Eu costumava trabalhar com a relação um-para-um: se você me seguir, então eu te seguirei. O aperto de mão secreto nesse mundo de mentiras é que não estamos lendo o material um do outro. Pelo menos, eu não estava lendo o deles.
O material deles não era sem importância, mas não era importante o suficiente para consumir o meu tempo. Mesmo se eu quisesse ler coisas deles, eu não teria tempo. Que ser humano lê textos de 1000 pessoas diferentes a cada dia? E, se conseguir, não seria produtivo para a glória de Deus.
Basicamente eu dizia que estava “seguindo”, mas não estava. O que eu realmente esperava era que me seguissem, então talvez alguém pudesse me ver no site deles, e me seguir também. Ou talvez vissem que eu tinha 3000 seguidores e quisessem me seguir também. Você coça minhas costas e eu coço as suas, e podemos nos sentir bem sobre tudo isso.
É um faz de contas: eu tenho um monte de seguidores porque é isso que os meus números dizem. Eles eram em sua maioria apenas números. Não estavam me seguindo e eu não os estava seguindo. É um jogo cibernético que eu espiritualizava que Deus abençoaria, porque quem sabe, alguém lá fora, leria o meu tweet e seria salvo.
Desisti desta abordagem espiritual-mística-megasena, e comecei a me concentrar em algo mais mensurável: vidas transformadas. Eu não quero seguidores que não estão realmente me seguindo. Um seguidor é um discípulo e estou interessado em pessoas que queiram ser discipuladas.
Eu entendo o esquema aumente-seus-números: “Eu vou jogar a minha semente em todo lugar e ver o que brota. Mesmo se eu nunca ouvir falar de nada brotando, Deus pode usá-la. Ele não tem de me enviar relatórios.” Isso é legal, eu acho; só não me interessa – não mais.
Eu até encontrei um aplicativo que me possibilitava saber se uma pessoa me seguiu de volta. Se eu seguisse alguém e depois de uma semana ou duas não me seguisse de volta, eu poderia deixar de segui-lo. Alguém me pare, por favor! Eu precisava de oração, com certeza. Melhor ainda, eu poderia ter passado esse tempo em oração. Essa teria sido uma boa ideia.
Para mim, logo se tornou um problema de integridade. Para mim, eu estava mentindo. Eu estou falando por mim. Se a sua consciência não o está incomodando, então a Deus seja a glória. Manda ver! Eleve seus números. Espalhe sementes. Quanto a mim, comecei a focar as vidas individuais. Não era mais subjetivo. Tornou-se mais objetivo, e menos um jogo de adivinhação e faz de conta.
A nova estratégia de marketing
Quase toda semana alguém me pergunta como faço para colocar para fora tanta informação. Um dos maiores motivos pelos quais Deus me permite fazer isso é porque eu passo a maior parte do meu tempo na produção de recursos e cada vez menos do meu tempo tentando elevar meus números. Ironicamente, isso tem feito meus números crescerem.
Cristo não procurou elevar seus números. Ele parecia descuidadamente antiestatísticas. Ele mal conseguia ficar longe das multidões (Mateus 14.22). Que tal isso? E o que Ele fez? Ele pregou. Ele discipulou. Ele falou sobre si mesmo. (Ele podia fazer isso.)
Essa foi a sua estratégia de marketing. O que as pessoas fizeram? Um monte delas veio para ouvi-lo porque ninguém falava como ele (João 7.46). Ele tinha esse desinteresse bem bacana pelos números e ele mal conseguia manter distância da multidão. Isso nos leva ao cerne da questão: Por que você escreve?
Quer comendo, bebendo, comprando leite, ou blogando, façamos tudo para a glória de Deus. Posso lhe fazer uma pergunta honesta?
Eu li esta citação recentemente e fiz uma adaptação mental da pregação – que é o tema da citação – para blogs. Você pode fazer o mesmo. Finja que ele está falando com você sobre blogs ao invés de pregação:
“O púlpito é destinado a ser um pedestal para a cruz, embora, infelizmente! – mesmo a própria cruz, que devia ser temida, o é – às vezes é usado como um mero pedestal da fama do pregador.
Podemos rolar os trovões da eloquência, disparar as fulgurações de gênio, espalhar as flores da poesia, difundir a luz do conhecimento, podemos aplicar os preceitos da moralidade do púlpito, mas se não fizermos de Cristo o grande assunto da nossa pregação, nos esquecemos de nossa missão, e não faremos nenhum bem.
Nada além da cruz faz Satanás tremer. É isso que faz ele tremer, e se quisermos destruir o seu poder, e estender esse reino santo e benevolente, que é paz, justiça e alegria no Espírito Santo, deve ser por meio da cruz.” (John Angell James, citado em Feathers for Arrows, de Charles Spurgeon).
Talvez você esteja pensando. “Pôxa, Rick – eu só tenho um blog familiar.” Bom para você. Certifique-se de Cristo é exaltado. Isso é tudo que tenho a lhe dizer. Abençoe sua família e seus amigos, mantendo Cristo no centro de tudo.
Se você é um blogueiro cristão, blogando com o propósito claro de engrandecer o nome de Cristo, então o meu apelo é que você não se prostitua. Gaste mais tempo produzindo para a glória de Deus. Faça um pouco de mídia social, mas ore a Deus pedindo que traga as pessoas a você.
Você crê que Deus pode fazer melhor do que os gurus de mídia social? A resposta a essa pergunta é medida pela forma como você reparte seu tempo: tempo de oração X tempo de mídia social.
Escreva aquilo que Deus move o seu coração a escrever. Escrevo principalmente para Deus e minha família. É isso aí. Se outras pessoas optam por vir e ler, eu louvo a Deus por cada um. Alegro-me quando subscrevem ou seguem. Alegro-me quando deixam de seguir.
Melhor do que estatísticas
Você saberá que está chutando na direção do gol quando o relatório principal que lhe interessa é como as vidas estão sendo transformadas pela obra que Deus está fazendo através de você. Lembrei-me muito disso esta semana, quando uma senhora escreveu:
“Muito obrigada por todo o conteúdo livre que você fornece”. “Deus abençoe e dê graça por seu trabalho para a honra de Cristo.” Entre estas duas frases ela falou sobre uma situação de adultério, onde o marido e a esposa estão felizes reconciliados.
Dois outros amigos disseram o seguinte:
“Caro Rick: Você sabe, aqui no meu país não há muitos recursos cristãos de aconselhamento bíblico, por isso estou muito feliz que Deus me abençoou para encontrar o seu site. Aprecio muito cada artigo, comentário, webinar, etc, que você publica. Eu também gostaria de lhe agradecer por suas ideias profundas, sua sinceridade e abertura de coração. Muito obrigado. ”
“Caro Mr. Thomas, em primeiro lugar, como eu disse no meu post no Fórum … obrigado por seu site. Eu encontrei-o no Facebook, mas não me lembro exatamente como. É um milagre de Deus na minha vida por ter encontrado esta forma de aconselhamento on-line. ”
É por isso que blogueio. Não se trata de números. Trata-se de transformar vidas.
Rick launched the Life Over Coffee global training network in 2008 to bring hope and help for you and others by creating resources that spark conversations for transformation. His primary responsibilities are resource creation and leadership development, which he does through speaking, writing, podcasting, and educating.
In 1990 he earned a BA in Theology and, in 1991, a BS in Education. In 1993, he received his ordination into Christian ministry, and in 2000 he graduated with an MA in Counseling from The Master’s University. In 2006 he was recognized as a Fellow of the Association of Certified Biblical Counselors (ACBC).